Era uma vez uma linda menina que vivia nos bosques do Entroncamento. Os seus olhos bilhavam ao sol e alumiavam fluorescentes a noite. O seu cabelo era da cor do arco-íris. O seu sorriso fazia tremer as plantas de inveja e o seu nariz (capaz de detectar fragrâncias a 10km de distância) apresentava a beleza das cascatas de Niagara. As suas pernas aliavam a comodidade da locomoção ao aspecto salutar de canas de bambu. A sua cintura, apenas equiparável ao de uma vespa, debatia-se a tentar equilibrar o tronco formidável. As mãos, dotadas de inigualável destreza, hipnotizavam qualquer um que olhasse directamente para elas. As unhas mantinham-se perfeitamente estimadas, sem ser necessário recorrer a qualquer tipo de método cosmético. O pêlo corporal, de um celeste dourado, caía espontaneamente sempre que a menina o desejasse (e não originava pêlos encravados).
Mas a menina, linda de morrer, era também bastante desafiante em termos intelectuais. Campeã de xadrez no seu escalão, era capaz de recitar de cor os textos integrais de Shakespeare em 5 línguas diferentes. Era também bastante preocupada com os problemas das outras pessoas, revelando-se uma ouvinte interessada e com conselhos úteis, independentemente da situação. Destacava-se também pela simpatia e pelo apoio dos direitos dos animais.
No entanto, por altura de Junho do presente ano, desenrolaram-se as festas do Entroncamento e, fruto de uma hipoglicemia passageira, a menina viu-se obrigada a ingerir uma fartura. E nunca mais foi a mesma...
Jesus Intempéries
As farturas são como as diarreias: uma por mês basta.
ReplyDeleteChurros pá!
ReplyDeletePodia ter comido umas amoras, não? (na linha dos comentários anteriores)
ReplyDeleteAgora a "sério": GOSTEI!